Entrevista: Dalvi Marcelo Rudeck - OranGCandle

Entrevista: Dalvi Marcelo Rudeck

Entrevista: Dalvi Marcelo Rudeck

A OrangCandle nasceu da mente criativa de Dalvi Marcelo Rudeck, um brasileiro que trilhou uma jornada inspiradora na Europa. Nesta entrevista, vamos conhecer mais sobre Marcelo, sua história fascinante e os desafios que enfrentou ao longo do caminho. Além disso, iremos explorar a inspiração por trás da criação da OrangCandle e os objetivos apaixonados que impulsionam Marcelo a ajudar outros brasileiros a alcançarem o sonho de viver na Europa.

1. Marcelo, poderia nos contar um pouco sobre sua origem brasileira? De onde você é e como foi sua experiência no Brasil antes de ir para a Europa?
Eu nasci no interior de Santa Catarina, cidade chamada Fraiburgo. Adorava morar lá, mas sempre tive o sonho de explorar novos lugares e experienciar o mundo. Aos 18 anos me mudei para Belo Horizonte para trabalhar, morei um tempo antes mesmo de começar a faculdade, pois achava mais importante “colocar o pé na água” e explorar novos lugares e trabalhos. Após alguns meses, fui pela mesma empresa para Curitiba, onde pude trabalhar por mais um tempo antes de decidir que direção queria tomar. Foi assim que me mudei novamente para Joaçaba, de volta para Santa Catarina, para cursar Comércio Exterior. Para mim era a primeira porta de entrada para o mundo. Estudei por 4 anos, no último ano decidi fazer um intercâmbio no Canadá, especificamente em Toronto, para desenvolver meu inglês. Quando voltei, finalizei o curso e me formei. Toda essa jornada foi sempre trabalhando e conciliando com os estudos, trabalhei em diferentes lugares, funções, e empresas como estagiário, assistente, e no último ano de faculdade entrei em uma empresa multinacional de proteína animal, uma das maiores do Brasil, novamente como auxiliar de escritório, e ali fui sempre galgando novos espaços e lugares na empresa, buscando sempre me desafiar. Em um recrutamento interno, consegui uma vaga para São Paulo, onde trabalhei por um tempo e em 2008 fui convidado pela empresa para ser expatriado por um ano, para um projeto na Europa. E ali começou minha história, onde era para eu ter ficado um ano, estou na Europa com minha família a mais de 15 anos.

2. Qual é a sua formação acadêmica e o que o levou a escolher essa carreira específica?
Minha formação e em Administração com ênfase em Comércio Exterior, me formei em 2006, e fiz uma MBA em Finanças e Economia na Universidade de Viena, Áustria. O que me levou a escolher essa formação e carreira, foi a vontade de explorar o mundo, culturas, novas línguas e poder dar essa oportunidade para minha família.

3. Antes de ir para a Europa, você já havia feito algum tipo de intercâmbio? Se sim, poderia nos falar um pouco sobre essa experiência e como ela influenciou sua decisão de buscar oportunidades no exterior?
Tinha feito um intercâmbio para o Canadá, focado em línguas, por 4 meses.

4. Como aconteceu sua mudança para a Europa? Houve algum convite ou oportunidade específica que o levou a dar esse passo?
Minha mudança surgiu de uma oportunidade da empresa que eu trabalhava na época há 3 anos, mas eu já tinha claro para mim que se não fosse pela empresa eu buscaria outros caminhos para mudar, se nao para Europa, para algum outro continente.

5. Quando você se mudou para a Europa, foi sozinho ou já tinha companhia? Como foi essa transição para um novo país e continente?
Quando mudei para Europa, eram eu e minha esposa, recém casados, e somente 4 anos depois de já morando na Europa, e já termos vivido em 2 países diferentes naquele momento (que mais tarde se tornaram 4 países), foi quando nossa primeira filha nasceu na Holanda, e 3 anos depois nossa segunda filha nasceu na Áustria. A transição foi sempre muito natural, mas sempre com muitas descobertas, dificuldades, adaptações que é normal para qualquer mudança, desde escola, vistos, casa, trabalho, sempre demandou um período de adaptação, mas sabíamos que era um passo importante para nós como família e para nossa evolução.

6. Quais foram os principais desafios que você enfrentou como profissional na Europa? Existem diferenças significativas entre trabalhar na Europa e no Brasil que você teve que se adaptar?
Principais desafios sem dúvida são culturais, como trabalhar “no pace” de cada localidade, escritório ou fábrica, como tratar a questão da comunicação, e não somente a língua mas entender diferenças culturais, onde em alguns países as pessoas são mais diretas, onde no Brasil as vezes somos mais cuidadosos com a comunicação, como dizer não, como navegar essas diferenças demanda um pouco de tempo, mas o aprendizado é enorme.

7. Criar duas filhas longe da família, apenas você e sua esposa, certamente apresenta desafios únicos. Como vocês lidam com essa situação e quais estratégias você utiliza para garantir o bem-estar das suas filhas?
A grande verdade é que cada pessoa e família tem sua forma única de encarar qualquer desafio. Até mesmo criar os filhos longe da família, para algumas pessoas isso pode ser positivo, para outras nem tanto. Nós sempre fomos muito enraizados com nossas famílias, mas encaramos a criação de nossas filhas de forma natural, com muita parceria, e sabíamos que eram nos dois tendo que dar conta de todos os contratempos. Mas sabendo que você mora em um país que lhe oferece segurança, saúde, educação, sem dúvida deixam o dia-a-dia mais leve, sem a preocupação extra com demandas básicas.

8. Considerando sua experiência como profissional com família na Europa, o que você acha desse contexto para outros profissionais que também têm família ou têm planos de constituí-la? Quais são os principais aspectos positivos e desafios que eles podem encontrar nessa jornada?
Eu acho que as pessoas deveriam ter a chance de experienciar morar fora pelo menos uma vez, saber o que é viver a cultura local, não somente de férias, mas realmente passar pelos prós e cons de viver fora do Brasil. Hoje eu me sinto realizado pessoalmente e profissionalmente por ter escolhido e buscado essa jornada, sei que os reflexos para minha família são enormes. Minhas duas filhas falam 3 línguas (indo para a quarta agora), nós visitamos quase todos os países da Europa e muitos outros fora da Europa pois a economia aqui te proporciona essa realidade.

9. Poderia nos contar como surgiu a ideia da OrangCandle? Quais foram as motivações e inspirações por trás da criação desse projeto?
A Orange Candle surgiu de um sonho antigo de ajudar as pessoas a experienciar isso, morar fora, viver outras culturas, poder entregar essa realidade para suas famílias, mas sabendo das dificuldades de se movimentar financeiramente, documentalmente, estabelecer-se no lugar mais adequado, como buscar escola, cursos, casa, como investir morando fora entre outros pontos, foram anos de aprendizado que tenho como missão passar para outras pessoas. Assim a OranG Candle foi idealizada, não só para pessoa física, mas também para pessoa jurídica que está buscando internacionalizar sua empresa.

10. Por que você escolheu o nome “OrangCandle” para essa iniciativa? Existe algum significado especial por trás desse nome?
A OranGCandle tem um significado de prosperidade, sucesso, justiça, celebração e ambição.

11. Qual é o seu maior objetivo com a OrangCandle?
Ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos, ajudar as empresas a entenderem que tem muito a buscar fora do Brasil.

12. Para aqueles que sonham em morar na Europa, qual conselho ou mensagem você gostaria de compartilhar? Quais passos eles devem considerar para tornar esse sonho uma realidade?
Foque nas oportunidades e portas que irão se abrir, não nos problemas e percalços que poderão encontrar. É difícil mudar, é difícil ficar no mesmo lugar, escolha sua dificuldade e seja feliz.

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